05/06/2024 às 10h19min - Atualizada em 05/06/2024 às 10h19min
Câmara do Rio aprova medidas para prevenir inundações na cidade
Projetos visam limpar rios e adotar modelo de gestão sustentável para enfrentar eventos climáticos extremos
Wellington Freitas (Estagiário)
Redação
Reprodução de Internet Na véspera do
Dia Mundial do Meio Ambiente, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro ratificou duas importantes propostas destinadas a melhorar a resiliência da cidade frente a eventos climáticos extremos, prevenindo
tragédias semelhantes às recentes no Rio Grande do Sul. Os projetos, aguardando sanção ou veto do
prefeito Eduardo Paes, incluem o PL 1928/2023, que implementa o modelo de gestão de inundações conhecido como
"Cidade Esponja".
Adotado em grandes metrópoles
como Nova Iorque e Berlim, o conceito de "Cidade Esponja" enfatiza a absorção, captura, armazenamento, limpeza e reutilização da água da chuva para mitigar enchentes e alagamentos. O vereador Willian Siri (PSOL), um dos autores do projeto, sublinhou a urgência das mudanças climáticas globais,
posicionando o Rio de Janeiro na vanguarda nacional com a adoção deste modelo. Originado por um arquiteto chinês, o conceito propõe transformar a infraestrutura urbana para absorção da água, com a
implementação de jardins de chuva, tetos verdes, pavimentação drenante, reflorestamento e bueiros ecológicos. O projeto também conta com a coautoria dos vereadores Marcos Braz (PL), Monica Cunha (PSOL), Monica Benicio (PSOL) e Dr. Marcos Paulo (PT).
Além disso,
foi aprovado em segunda discussão o PL 2012-A/2023, que cria o
Programa Rios Cariocas. Este programa tem como principal objetivo desassorear e manter os leitos e margens dos corpos hídricos da cidade, prevenindo a
proliferação de vetores, a ocupação irregular e reduzindo os
riscos de enchentes e inundações. Os vereadores Vitor Hugo (MDB), Marcos Braz (PL) e Marcelo Diniz (PSD) são os autores desta proposta, que também aguarda decisão do prefeito.
Com essas iniciativas, a
Câmara Municipal do Rio de Janeiro busca fortalecer a preparação da cidade para
eventos climáticos extremos e adotar práticas sustentáveis de
gestão hídrica.