No dia 26 de abril, a empresária Lívia foi denunciada pelo promotor Marcos Kac, da 1ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Zona Sul e Barra da Tijuca, por estelionato e uso de documento falso. Segundo a denúncia, a acusada teria praticado uma fraude que atingiu milhares de pessoas, com prejuízos estimados em R$ 300 mil. A investigação aponta que os golpes foram aplicados por meio de um site fraudulento de venda de ingressos.
O esquema teria prejudicado, entre outros, frequentadores do Rock in Rio 2022. Nos primeiros dias do festival, pelo menos 19 pessoas foram barradas na entrada da Cidade do Rock ao tentarem utilizar bilhetes comprados no site fraudulento associado à empresária. A polícia aponta que os ingressos falsificados foram vendidos a preços similares aos praticados no mercado oficial, enganando assim diversas vítimas.
Em resposta à denúncia, os advogados de defesa de Lívia — Marcos Moraes, Francesco Vianna e Rafael Mallet — classificaram a prisão preventiva de sua cliente como "drástica" e defenderam que ela pode responder ao processo em liberdade. "Não houve violência ou grave ameaça", afirmaram os advogados, sugerindo que medidas cautelares como bloqueio de valores e apreensão de bens seriam mais adequadas para o caso.
A defesa também ressaltou que a empresária está disposta a colaborar com as investigações e que outras ações poderiam ser mais eficazes para garantir o esclarecimento dos fatos. O caso segue sob análise da Justiça, enquanto a promotoria trabalha para avançar com as acusações de estelionato e falsificação de documentos.