O julgamento dos três policiais rodoviários federais acusados da morte da pequena Heloísa dos Santos, de 3 anos, começou nesta terça-feira (10), na Justiça Federal, no Rio de Janeiro. Os réus Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viégas Pinheiro e Wesley Santos da Silva enfrentam acusações de homicídio, quatro tentativas de homicídio e fraude processual. A defesa dos policiais nega o envolvimento dos clientes no crime, que chocou o país em setembro de 2022.
Heloísa foi atingida por tiros de fuzil durante uma abordagem no Arco Metropolitano, quando a família recebeu ordem para parar o carro. Enquanto o pai da menina obedecia a ordem e se dirigia ao acostamento, três disparos foram efetuados. Após nove dias internada no Hospital Adão Pereira Nunes, Heloísa não resistiu aos ferimentos e faleceu em 16 de setembro.
Para a mãe da vítima, Alana Santos, a dor da perda ainda é devastadora. “Eu queria ter ido no lugar dela”, desabafou Alana nas redes sociais, expressando o sofrimento físico e emocional de perder sua filha de forma tão trágica. A família, que presenciou o momento em que Heloísa foi baleada, foi chamada a testemunhar no julgamento. “Que a justiça seja feita! Eles não podem destruir mais famílias”, clamou a mãe.
Completando quase um ano da morte de Heloísa, Alana fez um desabafo sobre a dor insuportável do luto, mencionando os arrependimentos e as lembranças que carrega. “Eu não tenho mais minha filha, não vou vê-la crescer”, disse Alana. A pequena Heloísa faria 5 anos no próximo mês, e sua ausência é um peso profundo para a família, que ainda busca encontrar forças para seguir em frente.