Reprodução de Internet Em um mês de campanha para as eleições municipais de 2024, os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro já gastaram R$ 38,4 milhões, de acordo com as prestações de contas parciais apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desse valor, a maior parte foi destinada a serviços prestados por terceiros, despesas com pessoal e produção de programas para rádio, televisão ou vídeo.
Principais Despesas As três maiores categorias de despesas declaradas pelos candidatos foram: serviços prestados por terceiros (R$ 18,9 milhões), despesas com pessoal (R$ 5,2 milhões) e produção de programas de rádio, TV ou vídeo (R$ 5 milhões). Essas categorias refletem a importância da infraestrutura de campanha e da comunicação nas eleições.
Ramagem lidera gastos com R$ 21,9 milhões Alexandre Ramagem (PL) é o candidato que mais gastou até o momento, com um total de R$ 21.941.311,06. Ele lidera as despesas em várias categorias, como serviços prestados por terceiros e produção de programas para TV e rádio. Eduardo Paes (PSD), ex-prefeito e candidato à reeleição, aparece em segundo lugar, com R$ 9.981.685,70. Já o terceiro maior gasto é de Tarcísio Motta (Psol), com R$ 2.550.322,60.
Despesas com serviços prestados por terceiros Os três candidatos que mais investiram em serviços prestados por terceiros foram Ramagem, com R$ 9,3 milhões; Paes, com R$ 8,1 milhões; e Tarcísio Motta, com R$ 1,2 milhão. Essas despesas incluem contratos com agências de marketing, consultorias e empresas de logística de campanha.
Gastos com pessoal Na categoria de despesas com pessoal, Ramagem também lidera, com R$ 4,1 milhões destinados ao pagamento de equipe de campanha. Eduardo Paes aparece em segundo lugar com R$ 364 mil, e Tarcísio Motta declarou ter gasto R$ 158 mil. Tarcísio ainda informou que R$ 224 mil foram direcionados ao pagamento de militância.
Produção de programas para rádio, TV e vídeo Ramagem e Rodrigo Amorim (União Brasil) foram os únicos candidatos que declararam despesas com a produção de programas de rádio e TV. O candidato do PL destinou R$ 4 milhões para esse fim, enquanto Amorim gastou R$ 1 milhão. A visibilidade nos meios de comunicação de massa é essencial para alcançar eleitores em uma cidade do porte do Rio.
Publicidade por materiais impressos Rodrigo Amorim foi o que mais gastou com materiais impressos, como panfletos e cartazes, investindo R$ 835 mil. Marcelo Queiroz (PP) vem logo atrás, com R$ 681 mil. Ramagem, Paes e Tarcísio não apresentaram gastos com esse tipo de publicidade.
Impulsionamento nas redes sociais Os gastos com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais também foram apresentados por alguns candidatos. Eduardo Paes liderou esse tipo de investimento, com R$ 340 mil. Tarcísio Motta e Marcelo Queiroz gastaram, respectivamente, R$ 191 mil e R$ 172 mil com anúncios online.
Dinheiro público no financiamento de campanhas A maioria dos gastos dos candidatos é financiada com recursos públicos, através do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). Para as eleições de 2024, o Congresso Nacional destinou R$ 4,9 bilhões para o fundo, distribuídos entre 29 partidos. Essa verba é usada para cobrir a maior parte das despesas de campanha, que incluem desde salários até a produção de conteúdo para TV e rádio.
Falta de prestação de contas Juliete Pantoja (UP) e Henrique Simonard (PCO) não apresentaram contas individuais de suas campanhas até o momento. A assessoria de Juliete afirmou que o total de gastos da Unidade Popular (UP) foi de R$ 113.217,66, somando as despesas de todas as candidaturas do partido. Já Simonard e o PCO ainda não prestaram contas, o que é considerado uma infração grave pelo TSE.
Transparência e acompanhamento Para acompanhar o destino dos recursos utilizados nas campanhas, a população pode acessar a plataforma "Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais" do TSE. As prestações de contas finais referentes ao primeiro turno devem ser apresentadas até 30 dias após a realização das eleições. Caso haja segundo turno, as contas devem ser entregues até 20 dias depois.
Com a prestação de contas parcial, é possível ter uma noção de como os candidatos estão utilizando os recursos, especialmente aqueles provenientes de fundos públicos, e também garantir mais transparência no processo eleitoral.
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