19/04/2024 às 15h12min - Atualizada em 19/04/2024 às 15h12min
Conheça a Febre Oropouche, transmitida pelo mosquito-pólvora e está chegando ao Brasil
Número de casos têm subido no país e deixa autoridades de saúde em alerta
Gil Coutinho
Redação
Reprodução de Internet Foram mais de
3 mil casos apenas nas primeiras semana de 2024, segundo relatório do Ministério da Saúde. A febre que é transmitida aos humanos pela picada do Culicoides Paraensis, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora e pode causar
dores de cabeça, nos músculos e articulações, além de náusea e diarreia.
A febre é causada pelo
vírus oropouche e foi detectado pela primeira vez no Brasil em 1960 quando pesquisadores analisavam o sangue de um bicho-preguiça capturado em Brasília. Nos anos seguintes casos isolados foram identificados no país,
principalmente na região amazônica. "A diversidade de mosquitos envolvidos na transmissão do vírus é uma das preocupações mais sérias em relação ao aumento de casos no Brasil, especialmente em regiões além da Amazônia, uma vez que a disseminação pode ocorrer de maneira mais rápida, considerando que as pessoas também são hospedeiras", afirma Emy Gouveia (Infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein).
É comum paciente confundirem os sintomas e
acharem que contraíram a Dengue, mas existem diferenças que podem ajudar a identificação do vírus. No caso da doença transmitida pelo Aedes aegypti causa dores abdominais intensas e, no pior dos casos, pode
apresentar hemorragias internas, no oropouche, o infectado apresenta
quadro de febre e dores por alguns dias e eles somem em poucos dias, porém o quadro da doença retorna, até sumir novamente.
Entre os grupos de risco estão os
idosos e as crianças devido à alta desidratação que a febre causa e a identificação da doença pode ser feita com o teste RT-PCR desenvolvido pela Fiocruz. Não existe vacina e nem medicação para combater os sintomas, então é recomendado analgésicos, medicações para combater náuseas e febre, além de
hidratação e repouso.
Como prevenir? De acordo com o Ministério da Saúde, as formas de prevenção incluem:
- Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele, especialmente nas regiões com maior número de casos;
- Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;
- Se houver casos confirmados na sua região, é recomendado seguir as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.