O rádio vai acabar. Esse era o diagnóstico de muita gente quando surgiu a televisão no Brasil. Mas a previsão não se concretizou e, neste ano, o rádio completou 100 anos de existência no país.
Para marcar a data, o Ministério das Comunicações premiou, nesta quarta-feira, 24 personalidades do setor da radiodifusão com uma medalha comemorativa ao centenário do veículo rádio no Brasil.
Entre os premiados, estava o presidente da Abert, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV, Flávio Lara Resende. Para o representante de 3 mil e 500 emissoras de rádios espalhadas pelo país, o rádio não acabou porque ele se atualizou e se integrou às novas mídias.
A Rádio Nacional é parte dessa história. As Rádios MEC AM e FM, que integram as rádios da EBC, são consideradas as primeiras emissoras do Brasil. A Rádio MEC herdou o sinal da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a primeira emissora do país, fundada em 1923.
Em 1936, o então presidente Getúlio Vargas inaugurou a Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Em 1957, dois anos antes da inauguração de Brasília, surgiu a Rádio Nacional de Brasília. Em 1977, foi a vez da Rádio Nacional da Amazônia emergir cobrindo boa parte do território nacional. Atualmente, a Rádio Nacional tem 15 emissoras espalhadas por todo o Brasil, além de manter parcerias com outras 23 rádios públicas e educativas que retransmitem nossos programas.
Representando a Nacional, foi agraciado com a medalha dos 100 anos da rádio no Brasil, o presidente da EBC, a Empresa Brasil de Comunicação, Glen Valente, que comentou a evolução do veículo ao longo dos anos.
Também foram premiados pelo Ministério das Comunicações a apresentadora Gabriela Mendes, da Voz do Brasil, programa realizado pela EBC; e representantes de rádios privadas, como CBN; de rádio estatal, como a Rádio Câmara; além de outros dirigentes e representantes da radiodifusão no Brasil.
