A primeira premiação ocorreu no Iate Laranjeiras, um barco carnavalesco que ficou ancorado na esplanada do Castelo, no Rio de Janeiro. Linda Batista foi a campeã e ficou com o título por 12 anos.
O concurso, então realizado pela Associação Brasileira de Rádio, ficou mais competitivo e acabou criando a rivalidade mais famosa e duradoura do rádio nacional.
Com a mudança nas regras do concurso, os votos passaram a ser comprados, e Marlene foi procurada pela cervejaria Antarctica que estava lançando o guaraná Caçula.
Para promover a marca, a empresa resolveu patrocinar sua campanha e Marlene foi eleita a Rainha do Rádio com 529.982 votos.
Emilinha Borba, que era a franca favorita, ficou em terceiro lugar depois de Ademilde Fonseca.
A rivalidade entre os fãs de Marlene e Emilinha contribuiu expressivamente para a popularidade espantosa de ambas as cantoras pelo país.
Elas fizeram, inclusive, gravações em dueto naquele ano, como o samba Eu já vi tudo, de Amadeu Veloso e Peter Pan.
A Revista do Rádio promoveu também eleições estaduais e, em 1953, Isaurinha Garcia foi eleita a Rainha do Rádio em São Paulo.
No Rio, o primeiro Rei do Rádio foi o cantor Francisco Carlos, em 1958.
No final da década de 1950, com a chegada da televisão, os concursos de Rei e Rainha do Rádio já não influenciavam tanto na construção das carreiras de sucesso dos grandes artistas nacionais.
Mas até hoje eles ecoam as trajetórias de cantoras icônicas, como Linda e Dircinha Batista, Marlene, Dalva de Oliveira, Emilinha Borba, Ângela Maria e Dóris Monteiro, que despertavam paixões fervorosas nos corações de seus fãs.
Até 7 de setembro, a Rádio MEC vai produzir e transmitir, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo sobre diversos aspectos históricos relacionados ao veículo.
A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. Acompanhe na Radioagência.