Nascido em Portugal, mas radicado no Rio de Janeiro, Hélio do Soveral começou sua carreira de escritor participando de um concurso de contos na Revista Carioca. A partir daí, recebeu propostas de trabalho, como da Rádio Tupi onde, além da novela policial Aventuras de Lewis Durban, escreveu Meu Companheiro de Trem e Mistérios em Alto Mar.
No início dos anos 1940, foi para São Paulo a convite de Oduvaldo Viana. Lá escreveu radionovelas e rádio teatro e foi supervisor na Rádio Cosmos. Em 1943, voltou ao Rio de Janeiro e pouco tempo depois atuou novamente na Rádio Tupi.
Além da Tupi e da Rádio Cosmos, Hélio do Soveral exercitou seu talento também nas emissoras Mayrink Veiga, Nacional e Rádio Globo.
Foram mais de 300 episódios de Teatro de Mistério, apresentados semanalmente na Rádio Nacional. Um sucesso até hoje revisitado.
Cada episódio, com cerca de 45 minutos de duração, conta um caso do departamento de Polícia Judiciária do Rio de Janeiro.
A verve criativa de Hélio do Soveral não se limitou ao rádio. Além da atuação em jornais e tv, ele foi um dos mais expressivos escritores de ficção jovem. Com mais de 230 livros publicados foi, sem dúvida, um expoente na criação de histórias originais, principalmente para o rádio brasileiro.
Até 7 de setembro, a Rádio MEC vai produzir e transmitir, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo sobre diversos aspectos históricos relacionados ao veículo.
A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. Acompanhe na Radioagência.