20/06/2024 às 12h38min - Atualizada em 20/06/2024 às 12h38min
Polícia confisca quatro mil cigarros eletrônicos no Rio de Janeiro
Ação na Zona Oeste visa combater mercado ilegal de vapes e alerta sobre riscos à saúde
Wellington Freitas (estagiário)
Redação
Reprodução de Internet Em uma operação realizada nesta quarta-feira (19), a
Polícia Civil apreendeu aproximadamente quatro mil cigarros eletrônicos em uma sala comercial na zona oeste do Rio de Janeiro. Os produtos, conhecidos como "vapes", têm um valor estimado
superior a R$ 400 mil.
Dois funcionários do estabelecimento
foram presos em flagrante durante a operação. Segundo a Polícia Civil, a ação tinha como alvo um dos maiores distribuidores de
cigarros eletrônicos do estado, que não foi encontrado no local. A apreensão representa um golpe significativo na distribuição ilegal desses produtos.
A
população jovem é a maior consumidora de cigarros eletrônicos no Brasil, com cerca de 20% dos jovens entre 18 e 24 anos usando esses dispositivos regularmente, segundo pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Esses
vapes contêm nicotina, que pode causar dependência e
afetar o desenvolvimento cerebral dos adolescentes, conforme alerta o
CDC. Além disso, os vapes podem causar problemas respiratórios graves devido às substâncias tóxicas presentes nos líquidos utilizados, conforme indica a
OMS.
Problemas de Saúde entre Famosos
A cantora
Solange Almeida, ex-integrante da banda Aviões do Forró, relatou publicamente problemas respiratórios graves após usar cigarros eletrônicos. Outro famoso, o cantor Zé Neto, também enfrentou
sérias complicações de saúde pelo mesmo motivo. Esses casos sublinham os perigos desses dispositivos, muitas vezes vistos como inofensivos.
Contexto de Uso e Proibições
No Brasil, a importação,
venda e propaganda de todos os tipos de cigarros eletrônicos são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (
Anvisa) desde 2009. Essa proibição é baseada em estudos que apontam os riscos à saúde, como dependência à nicotina e
doenças respiratórias e cardiovasculares.
Em 2023, a Anvisa
reforçou sua posição contra os cigarros eletrônicos, destacando novos estudos que revelam substâncias tóxicas nesses dispositivos, incluindo metais pesados e produtos químicos que
causam inflamação pulmonar.