18/07/2024 às 16h23min - Atualizada em 18/07/2024 às 16h23min

Bolsonaro e Ramagem em ato na Tijuca marcam início da pré-campanha no Rio

Ex-presidente reafirma apoio a Alexandre Ramagem em meio a polêmicas sobre gravação

Gil Coutinho
Redação
Reprodução de Internet

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou na manhã desta quarta-feira (18) de um ato com o pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem (PL), na Praça Saens Peña, na Tijuca, Zona Norte. Esta foi a primeira aparição pública dos dois após a divulgação de um áudio gravado por Ramagem, detalhando a possível anulação do inquérito das rachadinhas contra o senador Flávio Bolsonaro (PL).

O evento atraiu apoiadores e autoridades ligadas ao ex-presidente, incluindo o governador Cláudio Castro (PL), o senador Flávio Bolsonaro, o deputado estadual Thiago Gagliasso (PL) e o deputado federal Hélio Lopes (PL). Durante o ato, Jair Bolsonaro reafirmou seu apoio ao ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e confirmou sua participação em outros eventos da pré-campanha na capital fluminense. Bolsonaro também anunciou que visitará pelo menos seis cidades no estado até o final da semana.

Apesar das polêmicas recentes envolvendo Ramagem, Bolsonaro evitou comentar o assunto ou esclarecer se houve autorização para a gravação. Durante seu discurso, o ex-presidente se absteve de entrar em detalhes e afirmou que não estava fazendo "campanha política".

"Todos aqueles que estão ao meu lado sofrem perseguição, pagam um preço alto por ombrear-se a mim e vocês sabem como somos perseguidos. O Ramagem, um delegado da PF que eu conheci na transição de 2018, já está pagando um preço alto pela sua ousadia de querer pensar, sonhar em administrar uma cidade com respeito, honradez e orgulho. Isso aqui hoje não é campanha política, não é comício. É uma rápida passagem do que nós estamos apresentando como possibilidade para o Rio", disse Bolsonaro.

Vários parlamentares bolsonaristas também discursaram, incluindo Flávio Bolsonaro, que elogiou o delegado e criticou a investigação da Polícia Federal que investiga a atuação de Ramagem como presidente da Abin. "A gente tem que ocupar todos os espaços. Por isso, o resgate do Brasil em 2026 começa agora em 2024 e pela nossa cidade. Não adianta jogarem pedra, dar tiro, facada. Tem uma coisa que nos protege, que é Deus, e é isso que sustenta a pré-candidatura do delegado Ramagem à Prefeitura do Rio. Não vão nos calar com perseguição, podem virar a vida do avesso, não vão encontrar nada", declarou o senador.

Ramagem, em seu discurso, elogiou Bolsonaro destacando suas políticas e liderança, além de criticar a administração do prefeito Eduardo Paes. "Aqui no Rio tem um grupo que está há 30 anos, e o que eles fizeram pela segurança e ordem do Rio? Nada! Sem ruas limpas e sem ruas iluminadas. Além disso, vamos revitalizar a Guarda Municipal como a polícia armada, nós precisamos de ordem para que o comércio e a indústria voltem ao Rio. Temos que pensar no transporte público, na educação, vagas de creche, mercado de trabalho e saúde de qualidade. Escolham bem seus prefeitos, temos que mostrar a força nas eleições para que em 2026 tenham mais deputados, senadores, governadores e, se Deus quiser, vamos fazer novamente Jair Messias Bolsonaro presidente do nosso Brasil", disse Ramagem.

O governador Cláudio Castro também discursou, destacando que será "liderado" por Bolsonaro até o fim de seu mandato. Ao ex-presidente, o governador afirmou que, se dependesse do Rio, ele teria sido eleito no 1° turno em 2022. "Pelo Rio, você continuaria sendo presidente até hoje e, se depender do Rio, você vai voltar em 2026. Infelizmente em 2018, você elegeu o governador [Wilson Witzel] e com menos de um ano ele tentou tomar sua cadeira. Mas quero dizer que até o último dia do meu mandato, eu serei liderado por você. Nesse momento, de pré-campanha, não é hora de pedir voto, mas é hora da gente estudar aqueles que querem ser candidatos", ressaltou Castro.

Ao final do discurso, Bolsonaro e Ramagem seguiram em um carro aberto pela Rua Desembargador Izidro, acompanhados por apoiadores. Após alguns minutos, o ex-presidente desceu do teto do veículo e deixou o local, encerrando o evento.


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