04/09/2024 às 17h29min - Atualizada em 04/09/2024 às 17h29min

Haddad alerta para risco de paralisação da máquina pública com crescimento dos gastos obrigatórios

Ministro da Fazenda defende debate urgente sobre revisão de leis que limitam os gastos discricionários dos ministérios, alertando para possível colapso nos próximos anos.

Vinicius Gandra
Redação
Reprodução da Internet

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira (4) que, se nada for feito, os gastos obrigatórios do governo, especialmente os previdenciários, poderão consumir completamente os recursos discricionários dos ministérios, levando à paralisação da máquina pública. Em entrevista à GloboNews, Haddad destacou a necessidade de um debate sobre a revisão das leis atuais, que regulam os gastos obrigatórios, sob pena de os ministérios ficarem sem recursos para importantes ações governamentais.

Haddad explicou que o crescimento das despesas obrigatórias, como aposentadorias, saúde, educação e emendas parlamentares, está pressionando o orçamento, limitando cada vez mais o espaço para investimentos e outros gastos livres. Segundo ele, sem uma reforma que altere essas regras, o governo enfrentará um cenário de extrema restrição orçamentária nos próximos anos, o que pode comprometer até mesmo o funcionamento básico da administração pública.

O governo tem focado na revisão de cadastros de beneficiários de programas sociais, como Bolsa Família e BPC, para combater fraudes e tentar reduzir despesas. No entanto, especialistas alertam que essas medidas, embora necessárias, têm impacto limitado e não resolvem o problema estrutural. Economistas defendem reformas mais amplas, incluindo mudanças nas regras de aposentadorias e gastos com servidores, para garantir a sustentabilidade fiscal.

O Tribunal de Contas da União (TCU) já havia alertado sobre o risco de um "shutdown" da máquina pública até 2028, caso as despesas obrigatórias continuem a crescer no ritmo atual. Haddad reforçou a urgência de discutir soluções para evitar que o aumento das despesas fixas comprometa a capacidade do governo de investir em áreas essenciais e manter o funcionamento pleno dos serviços públicos.


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