05/09/2024 às 17h32min - Atualizada em 05/09/2024 às 20h01min

Meta encerrará ferramenta de criação de filtros de Realidade Aumentada, limitando criatividade dos desenvolvedores

Para Marcelo Dóro, CEO da CodeCoast, decisão impacta comunidade de criadores de conteúdo e levanta preocupações sobre o futuro do segmento

KARINA ROSSI
Divulgação
São Paulo, setembro de 2024 – A Meta, empresa por trás das redes sociais Instagram e Facebook, anunciou que encerrará a plataforma Meta Spark, utilizada para a criação de filtros de Realidade Aumentada, a partir de 14 de janeiro de 2025. A decisão, que afetará milhares de criadores de conteúdo em todo o mundo, está sendo vista como uma mudança significativa na estratégia da empresa, levantando críticas dentro da comunidade de Realidade Aumentada.

Marcelo Dóro, CEO da CodeCoast e especialista do setor, comentou sobre o impacto dessa decisão, destacando que o encerramento do Meta Spark reflete uma centralização da criação e da monetização dentro do ecossistema da Meta. "Essa mudança, embora já esperada por alguns sinais anteriores, formaliza uma estratégia que limita a autonomia e a criatividade dos desenvolvedores. Ao centralizar o controle, a Meta parece querer monopolizar a receita gerada por esses filtros, em detrimento dos criadores que vinham utilizando a plataforma para inovar e se conectar com suas audiências", afirma Dóro.

O Meta Spark permitia que criadores desenvolvessem filtros personalizados para diversas marcas e projetos pessoais, gerando uma receita considerável e ampliando o alcance de suas criações. Com o fechamento da plataforma, a Meta pretende incorporar essa função internamente, restringindo o acesso de terceiros.

Comparando com outras plataformas, como o Effect House do TikTok e o Lens Studio do Snapchat, Dóro observa que, enquanto essas oferecem uma abordagem mais aberta, permitindo maior liberdade criativa aos desenvolvedores, a Meta opta por um caminho oposto. "Essa decisão não afeta apenas os criadores, mas também as empresas que dependem dessas plataformas para inovar e se conectar com seu público", acrescenta.

A Meta justificou a decisão afirmando que precisa priorizar outros produtos que "atenderão melhor às necessidades futuras de seus consumidores e clientes empresariais", mas forneceu poucos detalhes adicionais.

Sobre a CodeCoast

A CodeCoast foi fundada em setembro de 2020, durante a pandemia, e rapidamente se destacou no mercado de soluções de Realidade Aumentada (RA) e Visualização 3D para o varejo. A empresa ajudou diversas marcas a se adaptarem ao fechamento das lojas físicas, oferecendo uma tecnologia que permite a visualização de produtos diretamente nos sites dos clientes, sem a necessidade de aplicativos. Essa solução resultou em aumento de vendas, melhoria na experiência do cliente e redução de devoluções. Em 2021, no seu primeiro ano completo, a CodeCoast faturou R$ 100 mil e captou R$ 500 mil em apenas 48 horas pela plataforma SMU Investimentos. Em 2023, suas tecnologias impactaram mais de 700 mil pessoas, com 86 mil produtos adicionados ao carrinho e R$ 183 milhões em conversões de vendas. A CodeCoast atende clientes como Motorola, Yale, Papaiz e Yamamura, e está em expansão para toda a América Latina, além de estar lançando uma nova ferramenta que promete revolucionar o mercado de vestuário online.

 

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KARINA TOLEDO ROSSI
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