11/07/2024 às 15h40min - Atualizada em 11/07/2024 às 20h01min

Deixa a teta em paz!

Em meio a tantas dicas para preparar as mamas na amamentação, especialista explica o que de fato funciona

AS
Comunicação Débora Araújo
São muitas dicas, não é mesmo? Até mesmo fornecidas por profissionais da área de saúde ou em jornais, sites e revistas. Tomar sol, esfregar o mamilo com bucha vegetal, pomadas, cremes, ervas e tantas outras. Mas, a especialista em amamentação, Débora Araújo, é enfática ao afirmar que nada disso é comprovado cientificamente e, algumas dessas ações, podem até ferir o seio, trazendo problema ao invés de evitá-lo. “Essas dicas, além de ultrapassadas não têm nenhuma evidência de que possam ter um efeito positivo. Muito pelo contrário”, afirma ela.
Débora explica que o mamilo é uma região supersensível e não faz sentido algum, por exemplo, você machucá-lo com uma bucha vegetal, para calejar e futuramente não machucar com a amamentação. “Onde está o sentido disso”, questiona a profissional. Já em relação ao sol, ela conta que, como não há evidência científica que mostre que tenha um efeito positivo, expor ou não às mamas a ele não vai fazer diferença nenhuma.
É importante observar, de acordo com a Débora Araújo, que, durante o processo de amamentação, pode vir a acontecer alguma lesão mamilar. Nesse caso, a primeira coisa é a gente identificar a causa. “É muito comum as pessoas quererem tratar, passar pomada, fazer laser e tudo mais, mas sem identificar a causa. Feridas, lesões mamilares, embora sejam esperadas, não podem ser tratadas sem a identificação da causa. É pega? É posicionamento? É disfunção oral, baixa produção de leite? Enfim, muitas questões podem estar envolvidas nas lesões mamilares. Só é possível tratar, depois dessa identificação bem feita por um profissional capacitado”, alerta.

A melhor preparação para a amamentação, segundo a especialista, é a informação. Buscar informações relevantes, atualizadas e, de preferência, com um profissional capacitado em aleitamento. O que de fato precisa ser feito é uma consultoria preventiva, que vai levantar riscos futuros para a amamentação, através da avaliação das mamas, do histórico de saúde daquela mulher e do contexto social e familiar em que ela está inserida. Ou seja, uma boa anamnese. “Além disso, é esse profissional que vai preparar a família para iniciar o processo da amamentação de uma forma menos traumática. Sem rituais preparatórios, que nada tem de ciência por trás. O que mais tem impacto positivo no aleitamento é a preparação através de informação e ponto final”, conclui Débora Araújo.

 

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AMANDA MARIA SILVEIRA
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