11/09/2024 às 14h06min - Atualizada em 11/09/2024 às 14h06min

Polícia investiga comércio ilegal de animais silvestres nas redes sociais

Espécies raras como araras, macacos e até jacarés são anunciadas. Preços chegam a R$ 17 mil. Vendedor afirma que animais vêm de São Paulo.

Vinicius Gandra
Redação
Reprodução de Internet

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o comércio ilegal de animais silvestres nas redes sociais. Espécies como macacos-prego, araras, saguis e até filhotes de jacaré estão sendo vendidas abertamente em grupos de conversas online. Os preços variam de R$ 5,5 mil a R$ 17 mil, e vendedores e compradores não demonstram preocupação com a ilegalidade da prática.

Um dos vendedores, conhecido como "Chefinho", é apontado como um dos principais fornecedores e já comercializou diversas espécies. Em um dos anúncios, ele oferece um macaco-prego filhote por R$ 5,5 mil e revela que os animais vêm do estado de São Paulo, não da Floresta da Tijuca, como alguns acreditam. “Se quiser documentação, o valor sobe”, disse ele em uma das conversas gravadas pela polícia.

A Polícia Civil tem monitorado esses grupos e, nesta terça-feira (10), conseguiu resgatar um filhote de mico na Vila da Penha, Zona Norte do Rio. O vendedor foi intimado a depor. O delegado André Prates alertou que tanto quem vende quanto quem compra esses animais está cometendo crime previsto no artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais, que prevê punição para captura e comércio ilegal de espécies silvestres.

O tráfico de animais silvestres envolve métodos cruéis, como o uso de cola para capturar pássaros e a separação de filhotes de onças de suas mães, muitas vezes levando à morte das fêmeas. Na segunda-feira (9), um casal foi preso em flagrante por dopar macacos no Jardim Botânico, na Zona Sul, utilizando bananas com medicamentos para atrair e capturar os animais.


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