Reprodução de Internet Na última sexta-feira (30), Jean Wellington, um entregador, foi acusado de roubo em um ponto de ônibus em frente ao shopping Rio Sul, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Testemunhas relataram que ele foi imobilizado por pelo menos sete pessoas, após Lélio Fernando Martins, um psicólogo servidor do Tribunal de Justiça do Rio, alegar que Jean havia roubado seu celular. A confusão gerou um tumulto e, por pouco, Jean não foi linchado. A polícia agora investiga se o entregador foi vítima de calúnia e injúria.
De acordo com Jean, ele estava aguardando o ônibus para retornar para casa quando Lélio o abordou, chamando-o repetidamente de "ladrão" e tirando seu celular à força. Em meio ao tumulto, uma testemunha percebeu o que estava acontecendo e acionou a Polícia Militar, que rapidamente interveio. Ambos os envolvidos foram levados para a 10ª DP (Botafogo) para prestar depoimento sobre o incidente.
No depoimento, Lélio negou ter chamado Jean de "ladrão" e afirmou que havia sido furtado no Flamengo, horas antes, por um homem de pele negra. Ao ver Jean com um celular na mão, ele teria agido por impulso, acreditando que o entregador se parecia fisicamente com o autor do furto. Lélio também negou ter oferecido dinheiro para que Jean não registrasse a ocorrência.
O caso agora está sendo investigado pela polícia, que busca esclarecer se houve abuso e preconceito contra o entregador. O advogado Paulo Guilherme de Souza Eugênio, que presenciou a confusão, está representando Jean no processo. O desfecho da investigação poderá determinar se Lélio Fernando Martins responderá por calúnia e injúria.
