09/09/2024 às 09h23min - Atualizada em 09/09/2024 às 09h23min

"Super-herói é o Davi": Motoboy e Comunidade Salvam Menino Após Acidente de Ônibus

Pequeno Davi Geovane, de 8 anos, impressiona com coragem ao sobreviver e manter a calma após perder o braço no tombamento de um ônibus na Zona Norte do Rio. A força-tarefa de moradores foi crucial para seu resgate e sucesso da cirurgia.

Vinicius Gandra
Redação
Reprodução da Internet

Na última sexta-feira (6), a linha 476, que circulava por São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, tombou, deixando 26 pessoas feridas. Entre as vítimas, estava Davi Geovane Guimarães, de apenas 8 anos, que surpreendeu a todos com sua bravura ao sair do ônibus sozinho, mesmo após ter o braço decepado. O motoboy Diego Mendes, que passava pelo local, foi um dos primeiros a socorrer o menino. "O Davi é um super-herói porque ele saiu do ônibus sozinho sem o braço. Um menino com 8 anos, ele não chorou. Ele manteve a calma até para subir na moto. Então, o herói é ele. Eu sou só mais um que quer o bem do próximo", relembrou Diego, emocionado.

A ação rápida de Diego foi essencial para garantir o socorro de Davi. "Eu pensei nas minhas filhas. Eu vi aquela criança no meio da confusão e na hora eu só pensei: ‘Eu tenho que salvar essa criança!’ Depois, a única coisa que passou pela minha cabeça era voltar para levar o bracinho dele, porque eu sabia que tinha uma chance de implantar o bracinho dele de volta", relatou o motoboy. Graças a esse ato e ao rápido atendimento médico, o braço do pequeno Davi foi reimplantado com sucesso em uma cirurgia no Hospital Quinta D'Or, conforme divulgado no domingo (8).

No momento do acidente, a solidariedade também falou mais alto entre os moradores da região. Jovens da Assembleia de Deus de São Cristóvão, Ministério de Madureira, que estavam em um encontro na igreja ao lado, uniram forças para socorrer as vítimas. O autônomo Samuel Oliveira da Silva foi quem localizou o braço do menino dentro do ônibus tombado. "Aquela cena me chocou muito, de ver ele sem o bracinho. Foi quando eu entrei no ônibus, e a gente achou o braço dele", contou Samuel, ainda abalado.

A comerciante Patrícia Santos de Brito também desempenhou um papel fundamental, guardando o membro da criança até que fosse encaminhado ao hospital. Para ela, a ação não foi heroica, mas sim um ato de empatia. "A gente pegou o saco de gelo, colocamos dentro e entregamos o braço do Davi para os bombeiros. Não foi heroico. É o ser humano querer ajudar o outro. Eu acho que a gente tem que ter mais empatia pelo próximo", refletiu Patrícia, destacando a importância da solidariedade em momentos de crise.


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