12/12/2023 às 17h02min - Atualizada em 08/03/2024 às 00h01min

Salmonella: bactéria pode provocar graves infecções e até mesmo levar à morte

Infectologista da Casa de Saúde São José explica os cuidados para evitar a contaminação por alimentos

Larissa Borges Azevedo
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A salmonella é um gênero de bactérias que provoca intoxicação alimentar, geralmente por conta do consumo de alimentos crus e mal cozidos, como a carne de aves ou ovos. No entanto, uma descoberta recente mostrou que alimentos frescos, como as frutas e verduras, também podem ser contaminados e representam perigos à quem as consome. Foi o que ocorreu nos Estados Unidos em novembro deste ano. Um surto de salmonella em melões foi responsável pela contaminação de 99 doentes e até pela morte de duas pessoas. Mas, afinal, como se dá essa infecção?

Segundo o Infectologista da Casa de Saúde São José, Vitor Martins, a salmonelose, infecção causada por bactérias do gênero salmonella, geralmente apresenta sintomas como prostração, cefaleia, febre, náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia líquida. “A forma mais comum da doença ocorre de 8 a 72 horas após a ingestão de alimentos ou água contaminada, sendo que é comum que as fezes fiquem amolecidas, podendo conter muco e sangue. Em alguns casos, porém, a salmonella também pode atingir a circulação sanguínea, causando septicemia e infecções extra-intestinais”, completa o profissional do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar.

No caso dos melões nos Estados Unidos, o mais provável é que a contaminação tenha ocorrido ainda no processo de lavagem das frutas em tanques, antes delas irem para os mercados. A bactéria da salmonella pode ter contaminado a água usada para lavar as frutas, causando, portanto, uma transmissão das bactérias para as frutas. Como o melão é uma fruta consumida crua, ou seja, sem cozimento, a bactéria continuou viva e, por isso, houve tantos infectados nesse caso.

Apesar disso, de acordo com o médico, as formas de evitar a contaminação por salmonella incluem medidas simples como a utilização de água encanada, a higiene rigorosa das mãos e evitar a ingestão de carnes cruas e, principalmente, ovos crus ou malcozidos. Além disso, outras atitudes também podem ajudar a evitar essa infecção. São elas: preferir o consumo de leite pasteurizado ou fervido ao invés de leite cru; Descongelar a carne aos poucos, na geladeira, antes do preparo; Lavar bem os utensílios de cozinha usados na preparação de carnes cruas e não deixar que entrem em contato com alimentos já prontos; Manter os ovos sempre sob refrigeração.

Na maioria dos casos a doença persiste no corpo humano por um período determinado e, normalmente, curto. Assim, o tratamento pode ser feito em casa e é focado em aliviar os sintomas e manter o paciente bem hidratado. Recomenda-se que o enfermo permaneça em repouso e beba bastante água ou soro caseiro para evitar desidratação. Se os sintomas persistirem por mais de três dias, o Ministério da Saúde recomenda que seja procurada uma unidade de saúde.

“Caso desconfie de contaminação, procure atendimento médico para afastar as apresentações clínicas mais graves e a realização de exames laboratoriais. O tratamento é baseado na correção da desidratação e suporte nutricional, necessitando em alguns casos de antibioticoterapia”, conclui o especialista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar.

 
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