O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) indeferiu nesta sexta-feira (30) a candidatura de Clébio Jacaré ao cargo de prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A decisão, proferida pelo juiz Gustavo Quintanilha Telles de Menezes, da 156ª Zona Eleitoral, atendeu a um pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) e se baseou em 17 processos criminais contra Jacaré, incluindo um relacionado a crimes de organização criminosa.
Segundo o MPE, Clébio Jacaré responde a acusações graves e foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por liderar uma "estrutura criminosa complexa". A decisão judicial ainda mencionou a participação de Jacaré na divulgação de uma pesquisa eleitoral fraudulenta, o que reforçou a falta de credibilidade do candidato. O juiz também apontou que o Partido União Brasil poderá substituir o candidato nas eleições.
Em resposta, Clébio Jacaré considerou a decisão injusta e anunciou que irá recorrer. O empresário, que já foi preso em 2022 durante a Operação Apanthropía, afirmou que confia na reversão da decisão judicial e que seus advogados já estão trabalhando no caso. Jacaré tem histórico de candidaturas a deputado federal em 2018 e 2022, mas não obteve sucesso em ambos os pleitos.
A sentença do juiz Quintanilha destacou que, embora a Justiça Criminal seja responsável por decidir sobre infrações criminais, a Justiça Eleitoral não pode ignorar evidências de ilicitude e imoralidade. A decisão reforça o papel dos partidos em garantir que seus candidatos estejam alinhados com os princípios éticos e legais da sociedade.