Reprodução da Internet A economia brasileira registrou um crescimento de 1,4% no segundo trimestre de 2024, conforme divulgado nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço do Produto Interno Bruto (PIB) veio acima das expectativas do mercado, que previa um aumento de 0,9% no período. Este resultado marca o maior crescimento trimestral desde o final de 2020, quando o país se recuperava dos impactos da pandemia de Covid-19.
O setor industrial foi um dos principais responsáveis por esse desempenho positivo, registrando uma alta de 1,8%, impulsionada por atividades como eletricidade, gás, água, esgoto e construção. O setor de serviços, que representa cerca de 70% da economia brasileira, também contribuiu com um crescimento de 1,0%. Em contrapartida, a agropecuária sofreu uma queda de 2,3%, impactada por condições climáticas adversas, especialmente no Rio Grande do Sul.
Além do desempenho dos setores produtivos, o consumo das famílias e os investimentos também registraram crescimento, com altas de 1,3% e 2,1%, respectivamente. A Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, manteve um ritmo forte, embora abaixo do observado no primeiro trimestre. Esse aumento nos investimentos foi impulsionado por melhorias no setor de construção, programas governamentais como o PAC e uma redução nas taxas de juros.
Apesar do cenário positivo, o Banco Central decidiu suspender o afrouxamento monetário, mantendo a taxa básica de juros em 10,5% ao ano, o que pode limitar o ritmo de crescimento futuro. No entanto, o Ministério da Fazenda já sinalizou que deverá revisar para cima sua projeção de crescimento do PIB para 2024, atualmente estimada em 2,5%, com expectativa de superar os 2,8% até o final do ano.
