O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou, nesta segunda-feira, 23, a prisão preventiva do cantor sertanejo Gusttavo Lima. A decisão, assinada pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, faz parte das investigações da Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro. O artista é acusado de envolvimento no esquema que já resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra no início de setembro.
O Ministério Público havia solicitado à Polícia Civil a realização de novas diligências e sugerido a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares mais brandas. No entanto, a juíza considerou que não há, no momento, nenhuma alternativa capaz de garantir a ordem pública. O mandado de prisão de Gusttavo Lima autoriza que o cantor seja recolhido em qualquer unidade prisional à disposição do judiciário.
A operação policial, deflagrada em 4 de setembro, prendeu 17 pessoas e apreendeu 24 bens em diversas cidades do país. Entre os itens confiscados está um avião que, segundo as autoridades, estaria registrado em nome da empresa Balada Eventos, pertencente ao cantor. A equipe de Gusttavo Lima alegou que a aeronave havia sido vendida antes da operação, embora o registro da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) ainda indicasse o artista como proprietário.
Além do avião, outros bens de luxo, como carros e imóveis, foram apreendidos pela polícia. A ação faz parte de um esforço para desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e jogos ilegais, que movimentou mais de R$ 2,1 bilhões em ativos bloqueados. A operação também resultou no cancelamento de registros de armas de fogo e na suspensão do porte de armas dos envolvidos.
A defesa de Gusttavo Lima ainda não se pronunciou sobre a decisão do TJPE. A Operação Integration segue em andamento com o objetivo de investigar mais profundamente os vínculos entre os envolvidos e as atividades ilícitas.