02/09/2022 às 16h27min - Atualizada em 02/09/2022 às 16h27min

Quatro anos após incêndio, Museu Nacional reinaugura fachada de prédio histórico e jardim da frente

É a primeira grande entrega da obra de reconstrução do Paço de São Cristóvão. Incêndio ocorrido em 2 de setembro de 2018 destruiu 85% do acervo de 20 milhões de itens.

Por Daniella Dias e Henrique Coelho, Bom Dia Rio e g1 Rio
Fachada do Museu Nacional recuperada — Foto: Reprodução/TV Globo
Há exatos quatro anos, o Museu Nacional, em São Cristóvão, na Zona Norte, pegava fogo, destruindo 85% de acervo. A fachada do prédio histórico foi recuperada e vai ser reinaugurada nesta sexta-feira (2), junto com o jardim da frente do museu.

Esta é a primeira grande entrega da obra de reconstrução do paço histórico

Além das obras de engenharia e arquitetura, foram recolocadas as réplicas das estátuas que ficavam na parte superior do prédio. As esculturas originais serão colocadas quando as obras de recuperação do museu estiverem concluídas. A previsão é de que isso aconteça somente em 2027.

O diretor do museu Alexandre Kellner destacou que 75% das obras de restauração estão sendo entregues nesta sexta-feira, dez meses após o início dos trabalhos de recuperação do prédio. E que em janeiro de 2023 todo o bloco 1 do casarão histórico estará concluído.

 
"A obra na fachada e na cobertura do bloco 1 teve custo de R$ 23 milhões. Ainda precisamos captar cerca de 40% dos recursos. Não dependemos da verba do orçamento da UFRJ”, disse Kellner.

A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, anunciou o lançamento da campanha Recompõe, para recomposição dos acervos para o Museu Nacional voltar a estar totalmente aberto em 2027.

“Ainda precisamos captar mais recursos para terminar as obras, mas precisamos também recompor os acervos. É um chamamento para a campanha Recompõe”, disse ela. 

A reitora disse ainda que vem lutando contra os cortes do orçamento da universidade. E apesar das restrições orçamentárias, está trabalhando para criar brigadas de incêndio em todos os prédios da instituição, como o Museu Nacional.

“A atual gestão tem trabalhado no sentido de instituir brigadas de incêndio em todos os seus prédios, apesar das restrições orçamentárias. Temos projetos para evacuação dos prédios, de combate a incêndios”, afirmou Denise.

Ao lado do paço de São Cristóvão, a céu aberto, serão montadas três exposições temporárias, em comemoração ao Bicentenário da Independência. Uma delas será sobre as esculturas, outra sobre minerais e a terceira sobre a história do Museu Nacional. Também estão previstas atividades culturais e educativas na área externa.

Também por causa do Bicentenário, a Prefeitura do Rio executou obras em de revitalização na Quinta da Boa Vista. O prefeito Eduardo Paes destacou a importância da recuperação do espaço.

 
"Esse é um espaço muito importante. A Quinta da Boa Vista estava muito abandonada. Agora, todos os equipamentos foram recuperados. Esse jardim na frente do Museu Nacional e o trabalho de reconstrução do prédio estão avançando. Então, poder entregar esse quintal dos cariocas, que tem um simbolismo histórico especial é uma honra muito grande", disse Paes.

O prefeito disse ainda que na próxima semana, na Quinta da Boa Vista, vai abrir uma cápsula que foi deixada em 1972, nos 150 anos da independência, com um recado da sociedade civil para ser divulgado 50 anos depois, na comemoração do Bicentenário da Independência.

85% do acervo destruído pelo fogo

Em 2 de setembro de 2018, um incêndio destruiu 85% do acervo - a maior parte dos 20 milhões de itens, entre documentos, objetos, fósseis, múmias, mobiliário, coleções de arte e estudos científicos - e provocou estragos no palácio.

Na ocasião do incêndio, os hidrantes ao redor da Quinta da Boa Vista não tinham água. E o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey Costa Júnior, disse na época que a falta de hidrantes atrasou o combate ao fogo em pelo menos 40 minutos. Foi necessário contar com carros-pipa e retirar água do lago da Quinta.

As obras de reconstrução foram iniciadas em novembro de 2021, depois de três anos de retirada de escombros e contenção da estrutura, além de atrasos em decorrência da pandemia.

O orçamento anunciado para a recuperação foi de R$ 380 milhões, dos quais R$ 254 milhões foram gastos nesta primeira fase de obras.





 
Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2022/09/02/quatro-anos-apos-incendio-museu-nacional-reinaugura-fachada-de-predio-historico-e-jardim-da-frente-na-quinta-da-boa-vista.ghtml





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