05/07/2023 às 17h11min - Atualizada em 31/07/2023 às 16h55min

Candida Auris: especialista explica alcance e riscos do Superfungo

Segundo professor da Faculdade Anhanguera, o fungo representa uma ameaça à saúde pública, por ainda não existir no mercado medicamentos eficazes para seu tratamento

Nágila Macedo Pires
Anhanguera Institucional
Divulgação: Shutterstock

Candida Auris: especialista explica alcance e riscos do Superfungo 

Segundo professor da Faculdade Anhanguera, o fungo representa uma ameaça à saúde pública, por ainda não existir no mercado medicamentos eficazes para seu tratamento  

O Candida Auris é uma espécie de fungo patogênico para os seres humanos e tem preocupado bastante a comunidade científica de todo o mundo. No Brasil, o primeiro caso foi notificado em dezembro de 2020, quando o vírus foi isolado da ponta de um catéter de um paciente que estava internado em Salvador (BA). Os fungos do gênero Candida são considerados oportunistas, ou seja, podem causar doenças quando o organismo está debilitado devido a outra infecção primária ou a condições de imunodepressão. Nesse sentido, pessoas que têm diabetes, doenças renais e portadores de HIV, estão mais suscetíveis a desenvolver a doença. 

Além disso, pacientes hospitalizados, como aqueles que fazem uso de catéter venoso ou que estão em algum processo cirúrgico, possuem um maior risco de progredir para complicações ainda mais graves da doença. A infecção causada pelo Candida Auris pode abranger desde condições superficiais, como a candidíase oral, até doenças invasivas com risco de óbito. Em ambas as situações, o tratamento recomendado envolve o uso de antifúngicos. No entanto, dependendo da infecção do fungo, esse tratamento pode abranger desde condições superficiais, como a candidíase oral, até doenças invasivas com risco de óbito.   

Segundo o professor de Biomedicina da Faculdade Anhanguera, Caio Cesar Richter, o fungo Candida Auris representa uma ameaça à saúde pública devido à falta de medicamentos eficazes disponíveis para o tratamento da doença. “O Candida Auris é considerado emergente e representa uma ameaça à saúde pública devido à capacidade de criar uma camada protetora na sua parede, conhecida como ‘biofilme’, o que o torna resistente aos principais medicamentos antifúngicos utilizados, como Fluconazol e Anfotericina B”, comenta. Por isso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e o Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) declararam o fungo como uma ameaça urgente à saúde pública, com a necessidade de uma resposta rápida. 

Prevenção ao Superfungo 

Segundo Caio Cesar Richter, a transmissão do fungo apresenta muitos desafios e ainda requer uma abordagem multidisciplinar para entender seu funcionamento no organismo e encontrar possíveis opções de tratamento. Ela destaca a importância de medidas preventivas e do gerenciamento da transmissão de Candida Auris, como a higiene pessoal e a atenção de profissional de saúde na manipulação de utensílios hospitalares forma de combate. “É importante assegurar o uso adequado de equipamentos de proteção individual e a prática regular de higiene das mãos durante o atendimento aos pacientes, além de implementar medidas de isolamento, realizar ajustes nos procedimentos de desinfecção e fornecer treinamento para a equipe médica e de enfermagem”, explica. 

 

Tratamento de Candida Auris 

O tratamento da doença deve ser acompanhado por um médico, uma vez que diferentes casos podem determinar agentes distintos antifúngicos, dependendo da cepa específica do fungo presente na infecção. Caio ressalta a importância do acompanhamento de um especialista. “Por se tratar de um microrganismo super-resistente, o tratamento se torna difícil e, por isso, a equipe médica irá avaliar a condição clínica do paciente levando em consideração a gravidade da infecção e a resposta imunológica do indivíduo, podendo introduzir a combinação de vários antifúngicos em altas doses para obter uma resposta mais efetiva.”, conclui.   

 

Sobre a Anhanguera 

Fundada em 1994, a Anhanguera faz parte da vida de milhares de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho, em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância. Em 2023, passou a ser a principal marca de ensino superior da Cogna Educação, com o processo de unificação das instituições, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno. 

A instituição ampliou seu portfólio, disponibilizando novas opções para cursos Livres; preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos. 

Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 112 unidades próprias e 1.398 polos em todo o país. A instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais. 

Acesse o site e o blog para mais informações.  


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