A Interpol recusou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de incluir na lista de difusão vermelha os foragidos que participaram dos atos de vandalismo em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. A solicitação foi feita depois que diversos condenados quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram para o exterior, em meio às investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo informações divulgadas, ao menos 51 pessoas envolvidas nos ataques aos Três Poderes estão com mandados de prisão em aberto, e alguns já cruzaram as fronteiras do Brasil, com destinos principais sendo Argentina e Uruguai. O pedido de inclusão na lista vermelha buscava garantir que esses indivíduos fossem localizados e presos pelas autoridades internacionais.
A lista de difusão vermelha da Interpol permite que foragidos sejam capturados em outros países onde possam estar escondidos. No entanto, a decisão de não incluir os acusados, até o momento, frustra as tentativas do governo brasileiro de recapturá-los. Um dos casos mais conhecidos é o de Luiz Fernandes Venâncio, que fugiu para a Argentina e chegou a publicar vídeos em frente à Casa Rosada.
A PGR continuará buscando formas de garantir que os fugitivos respondam por seus crimes no Brasil, mas o impasse com a Interpol adiciona mais um desafio à tentativa de resolução do caso dos ataques de 8 de janeiro.