A partir desta terça-feira (1º), a conta de energia elétrica sofrerá um aumento significativo com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, o nível mais alto do sistema tarifário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com essa medida, o custo adicional por cada 100 quilowatts-hora consumidos subirá de R$ 4,463 para R$ 7,877. A decisão foi tomada na última sexta-feira (27) em resposta ao risco hidrológico, provocado pela queda no nível dos reservatórios e o aumento no custo da energia no mercado.
O sistema de bandeiras tarifárias, que usa as cores verde, amarela e vermelha (em dois patamares), reflete os custos da geração de energia. Quando a bandeira vermelha está em vigor, como é o caso agora, significa que os custos de produção estão mais elevados. A bandeira vermelha patamar 1, que esteve em vigor desde setembro, já indicava um cenário de alerta, mas agora a situação se agravou, exigindo a adoção do patamar 2.
De acordo com a Aneel, o objetivo do sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, é trazer mais transparência para o consumidor ao detalhar os custos reais da geração de energia no Brasil. Com isso, espera-se que os consumidores possam adaptar seus hábitos de consumo de maneira consciente, reduzindo o impacto nas contas de luz.
O aumento da tarifa é reflexo das condições climáticas adversas, que diminuem a oferta de energia hídrica, e do encarecimento da energia produzida, que não foi totalmente contratada. A Aneel reforça a importância de economizar energia em períodos de bandeira vermelha, já que o custo de geração e, consequentemente, o preço da conta de luz, tendem a ser mais elevados.