03/10/2024 às 10h19min - Atualizada em 03/10/2024 às 10h19min

Morre Cid Moreira, lenda do jornalismo brasileiro, aos 97 anos

O ex-apresentador do "Jornal Nacional" faleceu após lutar contra problemas de saúde; Moreira marcou uma geração com sua voz e presença icônicas na TV brasileira.

Gil Coutinho
Redação
Reprodução / Instagram
O jornalista Cid Moreira, um dos maiores nomes da televisão brasileira, morreu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Internado para tratar uma pneumonia e lidando com problemas renais crônicos, Cid faleceu devido a falência múltipla dos órgãos. A notícia foi confirmada por sua esposa, Fátima Moreira, durante o programa "Encontro", da TV Globo. O falecimento ocorre poucos dias após o jornalista celebrar seu último aniversário, no dia 29 de setembro.

Cid Moreira é lembrado por sua contribuição inestimável ao jornalismo, especialmente por seus 27 anos à frente do "Jornal Nacional", onde apresentou mais de 8 mil edições. Sua voz grave e estilo calmo de leitura se tornaram sua marca registrada, fazendo com que notícias históricas e momentos marcantes da política e sociedade brasileiras fossem narrados com precisão e seriedade. Nascido em Taubaté, São Paulo, em 1927, Cid começou sua carreira no rádio, mas foi na televisão que se consolidou como um ícone da comunicação.

A trajetória de Cid na TV começou em 1951, no Rio de Janeiro, após trabalhar em várias rádios de São Paulo. Ele foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga e, a partir de então, passou a integrar programas de TV. Sua entrada definitiva no "Jornal Nacional" aconteceu em 1969, e ele se manteve na bancada até 1996, estabelecendo-se como uma das figuras mais reconhecíveis da televisão brasileira. Além de sua atuação no jornalismo, Cid também ficou conhecido por seus trabalhos como narrador de audiobooks, incluindo leituras da Bíblia, o que o aproximou ainda mais do público.

Nos últimos anos, mesmo aposentado, Cid Moreira se manteve ativo, principalmente nas redes sociais, onde compartilhava memórias de sua carreira e mensagens religiosas. Sua longevidade profissional e pessoal cativou diversas gerações de brasileiros que acompanharam seu trabalho ao longo de décadas. O legado de Moreira transcende o jornalismo, refletindo sua importância como uma figura cultural e histórica do Brasil.

O impacto de sua morte reverberou por todo o país. Colegas de profissão, como William Bonner, Ana Maria Braga, e Sérgio Chapelin, que também dividiu a bancada do "Jornal Nacional" com Cid, prestaram suas homenagens, destacando a contribuição do jornalista para a credibilidade e prestígio do telejornalismo no Brasil. “Sua voz era a do Brasil”, afirmou Bonner, relembrando os anos em que trabalharam juntos.

O nome de Cid Moreira está eternamente associado à história da televisão brasileira, especialmente ao "Jornal Nacional", que se tornou um dos principais telejornais do país sob sua condução. Sua presença serena, aliada à responsabilidade de transmitir notícias de grande impacto, consolidou sua imagem como um símbolo de confiabilidade e profissionalismo.

Cid deixa sua esposa, Fátima, e um legado imortal no jornalismo brasileiro. Sua carreira e vida serão lembradas por aqueles que cresceram ouvindo sua voz inconfundível, anunciando os principais fatos da nação.
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://viranoticia.com.br/.
Envie sua notícia!
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo WhatsApp.